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Estratégia Parlamentar

7 Erros de comunicação que podem prejudicar a imagem de um político


Erros que você não pode cometer em sua comunicação política

Em uma realidade em que o ritmo das interações nas redes sociais também dita o rumo das narrativas, a política pensada de forma mais profissional, astuta e estratégica, deve ser prioridade para qualquer figura pública que deseje solidificar sua posição, fortalecer sua reputação e estabelecer conexões verdadeiras com o eleitorado.


Vivemos em um contexto em que qualquer movimento, declaração ou decisão de um político é imediatamente analisada, e muitas vezes questionada nas redes.


Por isso, cada vez mais, nós como responsáveis pela comunicação de políticos devemos nos precaver de todas as formas para que nosso trabalho seja compreendido de forma positiva para o público que o político atua e para que ele seja cada vez mais conhecido a quem interessa, de modo que não se tenha ruídos nem em suas falas e nem em suas ações. Pois, se leva tempo para construir uma boa narrativa, mas para destruí-la, basta um post colocado fora de contexto para por em risco todo um trabalho ou pior, a imagem de um político.


Por isso, deixo a você 7 Erros de comunicação que podem prejudicar a imagem de um político que você precisa ficar atento para não cometer.


Esses são erros que nem sempre podem colocar tudo a perder de uma vez, mas se forem cometidos repetidamente enfraquecem a imagem do político, abrindo sua guarda para ataques diretos a sua história, reputação, ações e conquistas. Confira:


1. Afastar o político da sua própria autenticidade: Em tempos de fake News e desconfiança generalizada, ser autêntico se tornou uma moeda valiosa no mundo político. Cada vez mais, o eleitorado quer líderes e representantes transparentes e consistentes com seus discursos e ações. Não ser autêntico, neste contexto, é como dar um passo atrás na jornada de construção de confiança.


Por isso, é preciso sempre mostrar o político como ele realmente é. Não tente criar uma imagem, mas explore os pontos positivos daquilo que já existe. Tentar colocar o político de um jeito nas redes, sendo que ele é de outro jeito fora delas pode gerar estranhamento (principalmente em cidades pequenas onde o contato é ainda mais próximo). Autenticidade é o que diferencia o político do seu adversário e esse trunfo deve ser preservado.


2. Ter Mensagens Inconsistentes: Toda a comunicação de um político deve ser integrada, ou seja, o que ele diz no digital deve ser endossado com o que ele fala e faz fora das redes e isso deve ser levado muito a sério.


Agir com inconsistência no discurso político pode ser o gatilho para uma onda de desconfiança e crítica. Pois, além de causar estranhamento ainda pode gerar frustração e até mesmo mágoa por parte das pessoas (lembre que a política atua muito no campo das emoções).


Portanto, é fundamental que as mensagens, propostas e ações dentro e fora do digital estejam sempre alinhadas. O que leva também a outro ponto que é a sintonia entre político e a equipe de comunicação.


Criar, falar ou fazer o que quer que seja no que se refere ao político de forma isolada é prejudicial para a consistência da mensagem política e isso pode provocar arranhões na reputação ou ainda, um descrédito do que o político fala e faz.


Fique atento para não cometer esse erro.


3. Deixar os Eleitores sem respostas: Na era da conectividade, todo comentário virou potencial de conversa, seja ela positiva ou negativa para o político que não tiver consciência do potencial dessas conversas, por isso ignorar feedbacks, críticas ou até mesmo elogios, pode ser fatal, lembrando mais uma vez de que a política trabalha no campo das emoções.


O político que não dialoga em suas redes, que não está presente nas discussões e que não se mostra acessível fazendo uma gestão de resposta mínima que vá além de responder com curtidas e emojis, rapidamente se torna irrelevante, porque cada vez mais o que as pessoas querem não é somente uma autoridade no palanque, mas um representante que as ouça e que interaja com elas, mostrando que está disposto a ser o que se propôs, um representante do povo.

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4. Má Gestão de Crises: No cenário digital, você conhece um político e sua equipe também pela forma que a crise é conduzida, ainda mais se essa crise tiver potencial de se espalhar como fogo em palha seca.


O político que tem consciência do potencial digital, sabe analisar o que é realmente uma crise e o que pode ser controlado sem grandes alardes.


Já vi muitos políticos levantar lebres desnecessárias pelo simples fato de tratar como gestão de crise o que não era, e também já vi muito político não dar importância para o que precisava de uma abordagem proativa e depois ter que sair apagando incêndio de grandes proporções para tentar salvar sua reputação digital.


Saber como analisar, mensurar e gerir uma crise pode ser o divisor de águas entre consolidar a confiança ou afundar de vez a imagem do político.


5. Jargões Políticos Excessivos: Vamos ser realistas. Quem gosta de termos políticos, são os políticos. O povo em sua maioria sequer entende e ainda pode se sentir ignorante ao ouvir um político que se distancia do seu vocabulário e o afasta da compreensão das coisas. Uma coisa precisa ficar clara.


O bom político sabe ajustar o seu vocabulário para se comunicar com as pessoas. Certa vez, atendi um político que cismava em falar a palavra pujança. Era pujança pra lá, pujante pra cá, que garrei ranço dessa palavra que em si significa força e crescimento.


Não seria mais fácil ter usado simplesmente cidade forte e em constante crescimento? Existem palavras que ao invés de aproximar distanciam e os jargões políticos ou palavras mais rebuscadas muitas vezes fazem essa função.


Por isso se você quer falar com o povo, fale na língua do povo, não tem erro.


6. Ofender para “Lacrar”: Esse é o tipo de estratégia que tem prazo de validade. A era digital amplificou a voz de minorias e grupos de defesa. Portanto, qualquer tentativa de ofensa ou manipulação pode ter repercussões desastrosas não somente pelo que é postado, mas pela imagem que fica e pelos inimigos que se coleciona a cada lacração.


Vale lembrar que na política e na vida, uma hora a conta chega e isso deve ser levado muito a sério. Não dê um tiro sem achar que não terá volta, porque tem e você deve estar preparado.


Quem lacra muito perde o fôlego rápido pois, precisa estar sempre alerta, pois nunca sabe de onde pode vir o contra-ataque.


Se você quer realmente construir uma reputação de respeito também entre pares e grupos específicos, sua comunicação deve ser inclusiva, respeitosa e construtiva pois, se posicionar é muito diferente de lacrar.


7. Não Atualizar a Estratégia de Comunicação: Como em qualquer outro campo, a comunicação evolui e o político que não evolui em suas estratégias, agindo do mesmo jeito pode não sobreviver no meio, prova disso é a queda de votação de muitos figurões que insistem em viver a política do digital como faziam em 2016.


O que foi efetivo ontem pode não ser hoje. Portanto, é vital que políticos e suas equipes estejam atualizados com as últimas tendências e inovações na área da comunicação.


Isso não significa estar em todo lugar o tempo todo, mas estar onde o seu público está, se fazendo presente e atuante para ser lembrado.


Esse conselho poderia ser resumido em apenas uma frase que disse recentemente a um cliente que atendi em consultoria. O jogo está aí para ser jogado. Jogue o jogo!


Fazer comunicação política nas redes sociais pode ser muito desafiador, mas tem a sua recompensa para os que tem bom senso, cuidado e estratégia.


Ao evitar erros como os citados acima agindo de forma autêntica, coerente e aberta ao diálogo, o político tem a oportunidade de solidificar sua presença e fortalecer sua conexão e principalmente aumentar a sua reputação com quem importa: Seu futuro eleitor.

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