10 erros de comunicação política que podem destruir uma reputação
- Gisele Meter

- 3 de out. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: há 7 dias

No cenário político atual, onde cada declaração é instantaneamente analisada nas redes sociais, a margem para falhas é mínima.
A construção de uma imagem pública sólida leva tempo e exige consistência, mas pode ser abalada por um único deslize. Os erros de comunicação política não são apenas gafes momentâneas; são falhas estratégicas que, se cometidas repetidamente, enfraquecem a reputação, abrem flancos para ataques e minam a confiança do eleitorado.
Compreender e evitar esses equívocos é uma tarefa central para qualquer equipe de comunicação que deseje proteger e fortalecer a imagem de um político.
Em um ambiente de desconfiança generalizada, a comunicação profissional, autêntica e transparente tornou-se a principal moeda de valor. Leve a sério: leva-se tempo para construir uma boa narrativa, mas para destruí-la, basta um post fora de contexto.
Este guia detalha os 10 erros mais comuns que podem comprometer um mandato ou uma campanha.
Principais erros de comunicação política e como evitá-los
Desde a falta de autenticidade até uma gestão de crise inadequada, os erros de comunicação política podem ter consequências severas. Identificar esses pontos de vulnerabilidade é o primeiro passo para construir uma comunicação blindada e eficiente. Apresentamos os 10 erros que toda equipe de comunicação deve conhecer e evitar a todo custo.
Estratégia e Mensagem
1. Falta de Autenticidade: tentar criar um personagem ou copiar o estilo de outro político gera desconfiança.
Como corrigir: Explore os pontos fortes da personalidade real do político. A autenticidade é o que conecta e diferencia.
2. Mensagens inconsistentes: o que é dito nas redes sociais deve estar alinhado com as ações e discursos fora delas.
Como corrigir: Garanta que toda a equipe e o político estejam em sintonia. A comunicação integrada é a base da credibilidade.
3. Jargão político excessivo: usar termos técnicos ou palavras rebuscadas como "pujança" afasta o eleitor comum.
Como corrigir: Fale a língua do povo. A clareza e a simplicidade na comunicação geram compreensão e proximidade.
4. Não ter uma agenda proativa: passar o tempo todo apenas reagindo a ataques ou notícias negativas coloca o político na defensiva.
Como corrigir: crie uma agenda de conteúdo positiva, pautando os temas que são importantes para o mandato e para a comunidade.
Relacionamento e engajamento
5. Deixar eleitores sem resposta: ignorar comentários, críticas e perguntas nas redes sociais transmite arrogância e descaso. Correção: Estabeleça um processo para gerenciar as interações. O diálogo mostra que o político está ouvindo.
6. Ofender para se posicionar: usar ataques e ofensas como estratégia para "lacrar" pode gerar engajamento momentâneo, mas coleciona inimigos e desgasta a imagem a longo prazo. Correção: Posicione-se com argumentos e respeito. A construção de uma reputação sólida se baseia em um debate construtivo.
7. Negligenciar a imprensa local: focar apenas nas grandes mídias ou nas redes sociais e esquecer dos jornais, rádios e blogs da comunidade é um erro. Correção: Construa um relacionamento sólido com jornalistas e comunicadores locais. Eles são validadores importantes da sua mensagem.
Gestão e reputação
8. Má gestão de crises: tratar um pequeno problema com alarde desnecessário ou, pior, ignorar uma crise em potencial, pode ser desastroso.
Como corrigir: Aprenda a analisar, mensurar e gerir crises de forma proativa e transparente. Uma crise bem gerenciada pode até fortalecer a imagem.
9. Falta de transparência: ser evasivo sobre o uso de verbas, dados de gestão ou financiamento de campanha gera desconfiança imediata.
Como corrigir: adote uma postura de transparência ativa, publicando dados e prestando contas de forma clara e acessível.
10. Não atualizar a estratégia: o que funcionou na eleição de 2016 pode não ter o mesmo efeito hoje. O cenário digital e o comportamento do eleitor mudam constantemente.
Como corrigir: esteja sempre estudando as novas tendências, ferramentas e formatos. A capacidade de adaptação é vital.
A comunicação como pilar da reputação
Evitar esses erros de comunicação política é uma disciplina contínua que separa o amadorismo da excelência.
Em um ambiente onde a confiança é o ativo mais valioso, agir de forma autêntica, coerente e aberta ao diálogo não é apenas uma opção, mas uma necessidade.
Ao blindar a comunicação contra essas falhas, o político e sua equipe não apenas protegem sua reputação, mas também fortalecem a conexão com a única pessoa que importa: o eleitor.
Este artigo foi escrito por Gisele Meter - Consultora especializada em marketing político e comunicação digital para mandatos. Criadora do Portal do Assessor, referência em estratégias de marketing político digital para vereadores, deputados e gestores públicos. Com experiência em dezenas de campanhas eleitorais e mandatos, Gisele ajuda políticos a fortalecerem sua presença digital e ampliarem seu alcance por meio de estratégias de marketing político comprovadas.





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