Assessoria política não é só tarefa. É direção.
- Estratégia Parlamentar
- 28 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de jul.

Todo assessor político de comunicação já ouviu: “Posta isso” ou “Vamos fazer uma arte agora”.
A verdade é que, no calor da rotina, é fácil cair na lógica da execução contínua de apagar incêndios, entregar o que pedem e seguir o dia.
Mas se a gente quer resultado de verdade, precisa sair do modo automático e assumir o lugar que é nosso por direito: o lugar da direção estratégica da comunicação politica.
Não é exagero dizer que grande parte da imagem pública de um político passa pelas mãos (e pelas decisões) de quem cuida da comunicação.
A forma como ele se posiciona, as palavras que usa, o que escolhe mostrar ou não, tudo isso constrói, reforça ou enfraquece sua reputação.
E quem está guiando esse processo?
É aí que entra o assessor que não apenas “sabe fazer”, mas que pensa antes de fazer.
Que entende o marketing como um campo de influência, e não apenas de estética.
Que domina ferramentas, sim, mas que parte de perguntas estratégicas: Por que estamos fazendo isso? O que queremos comunicar? Como isso fortalece o projeto político do nosso assessorado?
Quando a gente trabalha com base em dados, em escuta ativa e em planejamento, a comunicação deixa de ser uma tarefa a cumprir e passa a ser uma ponte entre o político e o eleitor.
Uma ponte segura, bem construída, com pilares sólidos. Mas essa construção exige organização interna. Sem processo, não tem fluidez. Sem análise, não tem ajuste. Sem clareza de papéis, tudo vira retrabalho.
É por isso que as equipes que entregam mais resultado não são necessariamente as maiores ou as mais equipadas, são as mais bem organizadas.
E organização não é frescura, é ferramenta de poder.
Porque permite que você ganhe tempo, foque no que importa e tenha argumentos concretos para orientar o político com mais segurança.
É isso que diferencia quem apenas executa de quem lidera a comunicação.
Quer ser visto como parte estratégica do projeto?
Então pare de correr só atrás de tendências e comece a estudar o que sustenta a comunicação: dados, público, narrativas, reputação, autoridade.
Esse é o caminho para deixar de ser “quem cuida do Insta” e se tornar o braço direito de quem te contratou.
No fim, a comunicação política não é sobre quantidade de posts.
É sobre presença, posicionamento e construção simbólica.
E isso começa bem antes de fazer o post. Começa com a escuta, com a análise, com o pensamento estratégico. E segue com disciplina, alinhamento e direção.
Porque quem só cumpre tarefa, entrega volume. Quem tem direção, entrega valor.


