Como desenvolver o carisma de um político
- Estratégia Parlamentar
- há 6 dias
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O primeiro passo é afastar a robotização. Nada mais difícil de engajar do que um político que fala como se estivesse lendo uma nota oficial 24 horas por dia.
Comece observando a naturalidade do político: ele é mais direto? Mais leve? Mais reservado?
A ideia é encontrar um estilo que combine com a personalidade dele, mas que também facilite a conexão com quem acompanha suas redes.
Por isso, simplificar a fala, evitar o “politiquês” e buscar um tom acessível são técnicas para essa construção de imagem.
Outro ponto que precisa ser constantemente estimulado é a interação. Responder comentários, fazer perguntas, trazer o público para o centro da conversa.
Parece simples, mas é o tipo de ação que transforma a percepção de quem está do outro lado da tela.
Um político que conversa, mesmo que nos bastidores, é um político mais próximo — e, portanto, mais carismático.
Mas carisma também está nas entrelinhas: expressões faciais, tom de voz, postura corporal e até pequenos gestos fazem diferença.
Uma dica simples? Ensine o político a falar sorrindo. Isso muda o tom da fala e transmite uma energia diferente.
Mostrar cenas fora do gabinete, sem exagerar na informalidade, também ajuda a construir uma imagem mais real, mais gente como a gente.
E claro, nada disso funciona se não houver diversidade de formatos.
Testar diferentes formas de apresentar o político — vídeos curtos, bastidores, conversas informais, histórias pessoais — permite que você descubra qual caminho mais funciona para despertar esse carisma digital.
Você já deve ter percebido como alguns políticos parecem nascer com carisma, enquanto outros enfrentam mais dificuldade em estabelecer essa conexão genuína com as pessoas.
Mas aqui vai um segredo importante: o carisma pode ser treinado.
E sim, isso é algo que você, assessor ou assessora, pode trabalhar no dia a dia com o político que acompanha.
Treinar carisma não é forçar uma performance, mas sim ajudar o político a se conectar a partir da própria autenticidade.
Isso exige um olhar cuidadoso para a linguagem, para o tom de voz e, principalmente, para os formatos de conteúdo usados nas redes sociais.
Evite também os erros clássicos: fala ensaiada demais, excesso de formalismo, gírias forçadas e aquele feed 100% institucional que só mostra evento, discurso e gabinete.
As pessoas precisam ver quem é o político além do cargo, mesmo que isso aconteça de forma sutil, estratégica e planejada.
No fim das contas, trabalhar o carisma do político é abrir caminhos para que o público possa conhecê-lo e se conectar com ele.
Caminhos que vão sendo criados com autenticidade, leveza e constância na criação de conteúdo.
A assessoria tem um papel importante nesse processo, guiando, ajustando e mostrando possibilidades para que o político encontre sua voz — e seu estilo — nas redes.
Se esse é um dos pontos que você sente dificuldade, saiba que você não está sozinho.
E o melhor: dá para aprender, treinar e melhorar isso todos os dias.
O carisma, como toda habilidade, se desenvolve com prática, escuta e intenção.