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Desincompatibilização eleitoral: como manter a relevância no jogo político

  • Foto do escritor: Gisele Meter
    Gisele Meter
  • 25 de mar. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: há 1 dia

Desincompatibilização eleitoral: como manter a relevância no jogo político

O período de desincompatibilização eleitoral sempre causa um rebuliço no cenário político. A legislação, que exige o afastamento de ocupantes de cargos de confiança para que possam disputar as eleições, provoca uma verdadeira dança das cadeiras nas casas legislativas e executivos.


Secretários estaduais que sonham com o governo, deputados que retornam à base para a reeleição e suplentes que se despedem do mandato.


Mas, em meio a tantas mudanças, como comunicar essa movimentação e manter a relevância política?


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A resposta não é única, pois cada cenário exige uma abordagem de comunicação distinta.


O segredo é entender que, para quem deseja construir uma carreira política sólida, a desincompatibilização eleitoral não é um fim, mas uma etapa estratégica.


É preciso comunicar cada passo com clareza, transformando a transição em uma oportunidade para reforçar a narrativa e o propósito do político.


Estratégias de comunicação para cada cenário de desincompatibilização eleitoral


Para cada situação gerada pela desincompatibilização eleitoral, existe uma estratégia de comunicação adequada.


Seja o político que deixa um cargo executivo para concorrer a outro, o parlamentar que retorna à sua cadeira ou o suplente que fica sem mandato, o objetivo é o mesmo: manter a imagem ativa e a narrativa coesa.


A seguir, detalhamos como abordar cada um desses cenários.


Cenário político

Foco da comunicação

Ações recomendadas

O Secretário estadual que vira pré-candidato a Governador

Conectar a experiência de gestão (Executivo estadual) com a capacidade de liderar o estado.

Comunicar os feitos e resultados concretos da gestão na secretaria, sempre deixando claro que foram realizados enquanto secretário. Usar a experiência para validar a competência para o cargo de governador, mostrando que o político sabe "botar a mão na massa".

O Deputado federal que deixa secretaria para disputar Senado

Posicionar o político como legislador experiente que acumulou gestão e representação nacional.

Destacar a atuação prévia na Câmara Federal e os resultados obtidos na secretaria. Reforçar a capacidade de transitar entre Executivo e Legislativo, mostrando visão estratégica e maturidade política para o Senado.

O Deputado estadual que retorna da secretaria para reeleição

Reforçar a identidade como legislador estadual e a conexão com as pautas locais.

Divulgar intensamente a produção legislativa anterior (projetos, indicações, fiscalização). Traduzir a experiência acumulada na secretaria em propostas de políticas públicas estaduais, mostrando como essa vivência o torna um legislador mais preparado.

O Suplente de deputado que deixa o mandato e vira pré-candidato

Manter a relevância e a autoridade política mesmo sem a estrutura de um gabinete.

Relembrar constantemente o que foi realizado durante o período no mandato, mostrando os impactos positivos. Manter as redes sociais ativas com propostas para o futuro, exibindo os apoios conquistados e posicionando-se como uma voz ativa no estado.

O jogo não para pra quem sai do cargo


Para o político que deixa um cargo de confiança, como uma secretaria estadual, para disputar o governo do estado, o desafio é duplo.


É preciso prestar contas do que foi feito, sem que isso configure uso da máquina pública, e, ao mesmo tempo construir a imagem de futuro gestor.


O segredo é sempre contextualizar: os feitos foram conquistados enquanto secretário, e a rotina agora é de pré-candidato. A experiência prévia no Executivo vale ouro para concretizar na mente do eleitor a ideia de que o político é capaz de fazer acontecer.


Já para o suplente que deixa o Legislativo e tentará uma vaga, a situação é ainda mais desafiadora. Manter-se relevante sem a estrutura de um gabinete exige disciplina e criatividade.


Este não é o fim do jogo, mas o recomeço de uma jornada que ele já trilhou antes.


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É o momento de usar as redes sociais para relembrar o que foi feito, apresentar propostas e, principalmente, mostrar os apoios conquistados. Estar nas redes independe de estar em mandato, se o objetivo é construir uma carreira política. Se isso fosse impossível, ninguém jamais começaria do zero.


Este artigo foi escrito por Gisele Meter - Consultora especializada em marketing político e comunicação digital para mandatos. Criadora do Portal do Assessor, referência em estratégias de marketing político digital para vereadores, deputados e gestores públicos. Com experiência em dezenas de campanhas eleitorais e mandatos, Gisele ajuda políticos a fortalecerem sua presença digital e ampliarem seu alcance por meio de estratégias de marketing político comprovadas.


Referências

 
 
 

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